Você deve se lembrar do conceito de grupo de estudos dos tempos da escola ou da universidade né? Você já participou de algum? Caso sim, lembra qual foi o seu papel nele? Lembra como ele funcionava e que resultados produzia?
Eu vim contar um pouco dessa associação que eu fiz tempos atrás de uma experiência que tive em um desses grupos de estudos. Na ocasião éramos 5 pessoas que se uniu por um propósito em comum: Descrever toda a história dos presidentes do Brasil até a entrada do ex presidente Lula em 2003 para uma prova final da dependência de história do Brasil do meu curso de graduação. Foi um período intenso de estudos que extrapolou a nossa dinâmica normal de aprendizado e nos forçou agir como um time, tendo que nos organizar e delimitar papéis bem claros durante o período de imersão neste tema. Eu sempre fui bom para sintetizar informações e criar sistemas, então naturalmente capturava todos os gatilhos de memorização e fui construindo dia-a-dia um sistema de atalhos para guiar os fatos dentro da linha do tempo. Ok, para não fugir do tema, finalizo com o os nossos compartilhamentos da aprendizagem e sistemas de double check das apresentações que foram passadas para outras pessoas em forma de slides e outras pessoas da nossa turma que tiveram acesso a esse sistema, se juntaram a nós nesse grupo de estudos, que nos foi muito útil para várias outras matérias depois.
Agora pensando, qual era a finalidade do grupo? Passar na prova de história. E depois que a prova de história passou, por que o grupo se manteve unido? Como as regras criadas naquele período de stress se expandiram para os outros membros? Como os membros chegavam? Quantos deles permaneciam? Quantos e por quê membros saíram?
Na época tudo isso tinha relação com a necessidade de absorver / compartilhar informação e acabavam ficando as pessoas que realmente queriam colaborar, e a cada matéria o grupo se dispersava ou se dividia em grupos paralelos podendo ou não ser guiados pelas regras do grupo inicial. Tudo depende do propósito, se é para algo finito ou para algo que transcende o momento. É bom lembrar que organismo desse é composto por pessoas com valores e necessidades diferentes e essa é a base para que se respondam as perguntas que eu fiz no parágrafo de cima. Da mesma forma eu enxergo comunidades, e as mais duradouras são as que aprendem com o tempo e possuem papéis definidos para a sua auto regulação. Isso não significa porém, que as pessoas precisam ser as mesmas e se elas saem a comunidade acaba. É justamente esse o ponto que faz com que uma comunidade possa perdurar, pois existe um conjunto de práticas e atividades que precisam ser realizadas, e se as outras pessoas da comunidade não reconhecem esses feitos e não colaboram para que isso seja mantido esse fardo acaba ficando muito pesado para que uma pessoa só seja responsável por mantê-lo, e quando cansa ou por algum motivo precisa sair daquela posição a comunidade perde essa engrenagem, que se não for reposta ou resignificada para de florescer.
I feel comfortable with chaos. I like to change, to mix things up. It is instinctive for me to use forward-thinking to build possible futures for the contexts in which I live. That's the way I do business, with people and for the world.